domingo, 24 de outubro de 2010

REFLEXÃO SOBRE O VI SEMESTRE

SÃO LEOPOLDO, 24 DE OUTUBRO DE 2010.

REFLEXÃO SOBRE O VI SEMESTRE

Este semestre foi muito importante para meu crescimento pessoal.
No dia do workshop uma colega foi designada para fazer uma pergunta sobre a minha apresentação e ela perguntou o que havia sido mais significativo e eu respondi que sem dúvida o meu crescimento pessoal e o meu auto conhecimento.
Realmente foi um semestre que representou um marco na minha vida. Aprendi muito sobre a minha condição de especial, as questões de acessibilidade, de discriminação, etc.
Trabalhamos também em grupos, que eu acho bem difícil.
Usamos o recurso dos mapas conceituais e começamos a nos familiarizar com arquiteturas.

Fiquei emocionada ao participar dos fóruns, sim porque estive visitando quase todos.

Gosto muito dos fóruns e sempre que posso leio as participações das colegas. Esta troca é muito interessante.

Espero não ter sido abusiva.

Foi lembrado da importância de ver o outro e o seu jeito especial de ser mesmo que este outro seja uma pessoa normal.

\"De perto ninguém é normal.\"

Definem bem a nossa angústia enquanto deficiente. As vezes as pessoas nos exigem comportamento normal e outras vezes não nos perdoam porque parecemos normais.

Falam em estética .É difícil provar que se é bonito. É fácil ser feio.

Vejam como as pessoas em geral lutam para tornarem sua aparência mais agradável a si e aos outros, imaginem uma adolescente com deficiência física. Algumas deficiências não podem ser "camufladas". É bem duro.

A auto estima vira complexo de inferioridade e quem nunca passou por isso não deve dizer: A aparência não tem valor, o que importa é o lado interior. Adolescente não entende isto.

Lembram o que realmente deveria ser a inclusão: a autonomia do incluído. Ele ser responsável por ele mesmo em suas ações cotidianas dentro das suas limitações.

Eis aí um ponto fundamental na inclusão. O incluído deve ter possibilidades e oportunidades de ser independente. Bem fácil, né?

Em minha escola há muitos alunos com necessidades especiais . São casos que podemos perceber ao olharmos e outros que apresentam dificuldades de aprendizagem demonstrando sua deficiência. A maioria dos casos não tem acompanhamento especial. Alguns alunos do noturno apresentam problemas de aprendizagem no EJA.

Dificuldades de atenção, problemas de saúde,dificuldades de visão, na maneira de falar, no grau de audição, atraso mental, transtornos e agressividade, são alguns dos problemas que encontramos em nossos alunos. Podemos observar também sérias desarmonias familiares e alguns casos de hiperatividade. Temos também alguns disléxicos, sendo apenas um com acompanhamento médico.

Não possuímos nenhum recurso na escola para atender estes alunos, apenas os esforços da professora em ajudar estas crianças em aprender.

Quando encaminhamos os alunos a supervisora, ela orienta os pais no sentido de buscarem acompanhamento médico, mas ,na maioria dos casos não se tem resultado prático.

O município de São Leopoldo atende em suas escolas municipais os alunos incluídos. Desde 1998 as discussões e propostas para uma educação inclusiva começaram a surgir oportunizando espaços e cursos de capacitação para professores.

De 2002 as salas de recursos do SEI (Serviço Especializado de Inclusão) até hoje com o nome de NAPPI ( Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo e Inclusão) vem gerando políticas para a inclusão educacional.

A Unisinos também tem sala de atendimento ao educando com problemas de aprendizagens que devem ser encaminhados pelos pais.



Foi um semestre de muito crescimento enquanto pessoa e profissional.

Um comentário:

Unknown disse...

Excelentes reflexões!