domingo, 24 de outubro de 2010

REFLEXÃO SOBRE O VII SEMESTRE

SÃO LEOPOLDO, 24 DE OUTUBRO DE 2010.

REFLEXÃO SOBRE O VII SEMESTRE:

“ O diálogo é este encontro dos homens, mediatizados pelo mundo, para pronunciá-lo, não se esgotando, na relação eu-tu.”Freire

O semestre mostrou que o ensinar e o aprender devem estar em permanente análise e discussão. As propostas para uma educação que vise a transformação do cidadão responsável e atuante, perpassam pela cooperação, interação, autonomia e realidade. A educação é um instrumento de construção política e social.

Na Didática:

“ A escola pode integrar o processo de resistência a dominação e a superação, contribuindo significativamente para uma prática social que seja transformadora.” Freire

Planejar é uma forma de organizar o ensino e a aprendizagem, criando estratégias de tratar as informações e a relação entre problemas e hipóteses para a formação do conhecimento.

Na EJA:

“Nada mais significativo e importante para a construção da cidadania do que a compreensão de que a cultura não existiria sem a socialização das conquistas humanas. O sujeito anônimo é, na verdade, o grande artesão dos tecidos da história.” (PARECER CNE/CEB nº 4/98)

A concepção desta leitura e escrita busca a vivência do aluno, dentro do contexto em que ele está inserido, no desenvolvimento de habilidades e competências que busquem dar sentido e uso social da língua.

Na Linguagem:

A questão da língua passa para o primeiro plano. As linguagens são múltiplas. Os usos e funções das diversas formas de comunicação levam a consciência da pluralidade e da diferença. A história lida, escrita e falada, mostra a luta de todos para participar ativamente da vida em sociedade. A busca por uma vida saudável, com respeito, condições estruturais de acessibilidade, atendimento especializado, recursos e preocupação com a integração e o crescimento como seres humanos.

No semestre:

“ Nascido com as características da sua espécie, cada indivíduo humano percorre o caminho da ontogênese informado e alimentado pelos artefatos concretos e simbólicos, pelas formas de significação, pelas visões de mundo fornecidas pelo grupo cultural em que se encontra inserido.” ( Oliveira, 1999, p 65)

Antes de aprender a decodificar códigos é importante a leitura do mundo, procurando dialogar como ser social que tem a oportunidade de participar sendo leitor e escritor da sua própria história.

O trabalho pedagógico precisa incorporar essas demandas sociais e culturais, considerando as multiplicidades e explorando as diversas formas de comunicação.

O processo educativo é uma ação política para libertar as pessoas baseado no diálogo.

A escola busca suas práticas pedagógicas contextualizadas para sobreviver neste tempo.

Por meio da linguagem, o ser humano expressa suas idéias, sentimentos, crenças e valores, no contexto de sua cultura.

Encerramos este semestre na expectativa do estágio.


REFLEXÃO SOBRE O VI SEMESTRE

SÃO LEOPOLDO, 24 DE OUTUBRO DE 2010.

REFLEXÃO SOBRE O VI SEMESTRE

Este semestre foi muito importante para meu crescimento pessoal.
No dia do workshop uma colega foi designada para fazer uma pergunta sobre a minha apresentação e ela perguntou o que havia sido mais significativo e eu respondi que sem dúvida o meu crescimento pessoal e o meu auto conhecimento.
Realmente foi um semestre que representou um marco na minha vida. Aprendi muito sobre a minha condição de especial, as questões de acessibilidade, de discriminação, etc.
Trabalhamos também em grupos, que eu acho bem difícil.
Usamos o recurso dos mapas conceituais e começamos a nos familiarizar com arquiteturas.

Fiquei emocionada ao participar dos fóruns, sim porque estive visitando quase todos.

Gosto muito dos fóruns e sempre que posso leio as participações das colegas. Esta troca é muito interessante.

Espero não ter sido abusiva.

Foi lembrado da importância de ver o outro e o seu jeito especial de ser mesmo que este outro seja uma pessoa normal.

\"De perto ninguém é normal.\"

Definem bem a nossa angústia enquanto deficiente. As vezes as pessoas nos exigem comportamento normal e outras vezes não nos perdoam porque parecemos normais.

Falam em estética .É difícil provar que se é bonito. É fácil ser feio.

Vejam como as pessoas em geral lutam para tornarem sua aparência mais agradável a si e aos outros, imaginem uma adolescente com deficiência física. Algumas deficiências não podem ser "camufladas". É bem duro.

A auto estima vira complexo de inferioridade e quem nunca passou por isso não deve dizer: A aparência não tem valor, o que importa é o lado interior. Adolescente não entende isto.

Lembram o que realmente deveria ser a inclusão: a autonomia do incluído. Ele ser responsável por ele mesmo em suas ações cotidianas dentro das suas limitações.

Eis aí um ponto fundamental na inclusão. O incluído deve ter possibilidades e oportunidades de ser independente. Bem fácil, né?

Em minha escola há muitos alunos com necessidades especiais . São casos que podemos perceber ao olharmos e outros que apresentam dificuldades de aprendizagem demonstrando sua deficiência. A maioria dos casos não tem acompanhamento especial. Alguns alunos do noturno apresentam problemas de aprendizagem no EJA.

Dificuldades de atenção, problemas de saúde,dificuldades de visão, na maneira de falar, no grau de audição, atraso mental, transtornos e agressividade, são alguns dos problemas que encontramos em nossos alunos. Podemos observar também sérias desarmonias familiares e alguns casos de hiperatividade. Temos também alguns disléxicos, sendo apenas um com acompanhamento médico.

Não possuímos nenhum recurso na escola para atender estes alunos, apenas os esforços da professora em ajudar estas crianças em aprender.

Quando encaminhamos os alunos a supervisora, ela orienta os pais no sentido de buscarem acompanhamento médico, mas ,na maioria dos casos não se tem resultado prático.

O município de São Leopoldo atende em suas escolas municipais os alunos incluídos. Desde 1998 as discussões e propostas para uma educação inclusiva começaram a surgir oportunizando espaços e cursos de capacitação para professores.

De 2002 as salas de recursos do SEI (Serviço Especializado de Inclusão) até hoje com o nome de NAPPI ( Núcleo de Apoio e Pesquisa ao Processo e Inclusão) vem gerando políticas para a inclusão educacional.

A Unisinos também tem sala de atendimento ao educando com problemas de aprendizagens que devem ser encaminhados pelos pais.



Foi um semestre de muito crescimento enquanto pessoa e profissional.

REFLEXÃO SOBRE O V SEMESTRE


SÃO LEOPOLDO, 24 DE OUTUBRO DE 2010.

REFLEXÃO SOBRE O V SEMESTRE

Neste semestre estudamos a Gestão, a Organização da escola pública na sua administração e pedagogia.

Também estudamos Psicologia.



Na história do Brasil vimos que a Educação nasceu descentralizada. Na nossa legislação está previsto o Sistema de Ensino Federal, Estadual e Municipal. Estes sistemas organizam-se de forma articulada.

Vimos também a importância dos movimentos sociais e sindicais na luta pela democracia.

A participação social nos diversos acontecimentos da vida do país está refletida nas conquistas e na evolução da cidadania do nosso povo.

A Gestão Democrática e o Projeto Político Pedagógico são as bases para a qualidade da Educação.

A escola pública coloca-se como aliada as lutas do povo. Porém na sua organização interior sofreu impasses que foram distanciando o seu fazer pedagógico da realidade da sociedade.

Na Gestão Democrática percebemos a proposta de um resgate deste envolvimento, na construção do conhecimento, da cultura, da autonomia e nas relações pessoais e institucionais, com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar.

Este trabalho fica registrado no Plano Político Pedagógico, que será a base para elaboração do Regimento Escolar do estabelecimento de ensino, mostrando as diretrizes e linhas de ação a serem seguidas.

Deve acontecer uma divisão de responsabilidades e tarefas visando a organização desta autonomia. O acompanhamento deste trabalho deve ser feito através das diversas participações sociais em conselhos escolares, grêmios estudantis, associação de pais, de moradores e dos grupos constituídos na comunidade, que queiram participar do projeto escolar.

Contando com esta ampla participação é possível as transformações da escola pois atendem aos anseios da comunidade como um todo, incluindo o gerenciamento financeiro das instituições.

Se o Plano Político Pedagógico contemplar o respeito a autonomia escolar, as propostas de currículo amplo, irrestrito e flexível, a valorização da classe do Magistério e funcionários de escola, a aplicação de medidas que levem a qualificação da educação e dos seus resultados o caminho será a concretização da Gestão Democrática nas escolas.

A Escola é uma instituição que deve ser autônoma na construção e na

execução de seus projetos educativos, respirando democracia em sua

gestão, resgatando a história da sua comunidade e oportunizando a

interação na diversidade.

O professor é o principal ator na mudança dos destinos da escola pública,

no sentido de estimular os alunos nos caminhos da cidadania.

O Plano Político Pedagógico que dá suporte ao Regimento Escolar faz da

escola e dos professores transformadores dos espaços na construção do

fazer democrático.

O currículo é um processo que deve ser levado a projeção cultural e influi sobre o ambiente, os recursos, os professores, o planejamento, avaliação. É a implementação do projeto pedagógico.

Nas mudanças que ocorrem na sociedade onde as informações estão ao alcance de todos, o tempo todo, a escola assume mais um novo papel processando estas informações em saberes de acordo com os seus significados. Nesta nova concepção de currículo o professor também muda seu trabalho e a maneira de encarar a sua profissão.

O Plano de Estudos da Escola é o documento que mostra a realidade e a identidade do currículo desta escola, e sua autonomia .

Esta autonomia, no entanto, precisa ser articulada em valores e finalidades comuns procurando preservar a unidade da educação nacional.

Para instituir esta unidade, o Ministério da Educação estabelece diretrizes curriculares que orientam os Sistemas de Ensino e as escolas que os integram na formulação de suas propostas, levando em conta a abrangência, a especificidade e a transversalidade, através de pareceres e resoluções.

O Ministério da Educação e do Desporto, através do Conselho Nacional de Educação, em seu parecer CEB 04/98, faz saber das Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental.

Este documento estabelece os norteadores das práticas pedagógicas da escola em autonomia, responsabilidade, solidariedade e respeito ao bem comum dentro da ética formando os direitos e deveres da cidadania; preocupa-se também com a clareza que a identidade do estabelecimento fica explícito em suas propostas; que a interação entre as diversidades que compõem a comunidade se faça presente em processos de aprendizagem, contemplando currículo, conteúdos mínimos e parte diversificada; que integre a Educação Fundamental, a vida cidadã e as áreas de conhecimento; que a escola envolva em seu trabalho todos os segmentos da comunidade escolar estando presente nos processos sociais transformadores; que os projetos e atividades partirão do interesse de suas comunidades, que todas as estratégias da escola estejam contempladas na LDB.

Na escola em que trabalho realizamos muitos projetos que envolvem a comunidade.

Iniciamos a algum tempo um projeto sobre reciclagem, pela preocupação de conscientizar os alunos na conservação do meio ambiente. Os professores da Área de Ciências elaboraram e pesquisaram material sobre o assunto que usamos no trabalho com os alunos do Currículo por Atividades. Foram escolhidos Agentes Ecológicos que se reuniam, debatiam e levavam para suas turmas as conclusões.

Participamos de Feiras de Ciências com convidados da comunidade.

Recolhemos papel, vidros, PETs, no galpão construído para armazena-los até a venda. Este trabalho já tem há alguns anos e agora está sendo montada uma oficina de reciclagem de papel no próprio galpão.

Creio que este trabalho,aqui resumidíssimo, apresenta fatores que o Plano de Estudos da Escola está seguindo as orientações das diretrizes curriculares, indo além do núcleo comum dos conteúdos, ampliando os conhecimentos e as aprendizagens em suas propostas envolvidas dentro da parte diversificada estabelecida por essa diretriz.

Este semestre mudou meu olhar sobre as diretrizes curriculares. É um assunto muito interessante e que está totalmente inserido na nossa prática. Foi um pouco difícil o entendimento sobre o assunto,que, me parece é apenas o início de uma pesquisa que deve ser contínua.

As diretrizes curriculares são estabelecidas pelos órgãos competentes fixando rumos, orientações flexíveis mas de caráter mandatório, levando em conta as necessidades básicas, as diferenças e os problemas sociais gerais para que os estabelecimentos de ensino, em acordo com a comunidade em que estão inseridas, promovam as suas identidades.

A escola em que atuo procura seguir estas linhas de orientação em suas propostas e em suas práticas.

Ficou clara a importância da organização da gestão escolar.

REFLEXÃO SOBRE O IV SEMESTRE



SÃO LEOPOLDO, 24 DE OUTUBRO DE 2010.

REFLEXÃO SOBRE O IV SEMESTRE

No eixo IV tivemos Ciências Naturais, Estudos Sociais e Matemática junto com o Seminário Integrador.

“ O espaço é a acumulação desigual do tempo.” Milton Santos, 1997.

O espaço é o lugar que ocupamos e construímos. As crianças precisam localizar-se e operar com relações espaciais.

O tempo possui várias dimensões que compreendem o tempo físico e histórico ou social. As crianças precisam localizar-se no tempo situando os fatos de sua vida e do grupo social do qual faz parte para relacionar com os outros grupos sociais entendendo e relacionando as diferentes trajetórias e situações de vida.

Nas Ciências Naturais situamos o espaço como responsabilidade do ser humano. Na Matemática verificamos como o tempo e o espaço podem ser avaliados e medidos.

Aprendemos que precisamos respeitar as diversas etapas de amadurecimento e entendimento pelo qual passa nosso aluno para aproveitar suas descobertas como base aos outros conhecimentos que ele precisa adquirir.

O nosso aluno deve ser preparado a identificar as diferentes formas de representar o mundo

As situações de problematização são momentos para a troca de informações, para o conhecimento e para a interação.

O ser humano deve sentir-se parte integrante e portanto responsável pelo ambiente que o cerca.

A vida na Natureza é estabelecida e mantida de acordo com regras claras, que precisam ser conhecidas e respeitadas.

Aprimorar as considerações a respeito dos acontecimentos e de suas experiências de vida e dos membros de sua família e comunidade, organizando os fatos que fazem parte do seu universo particular e daqueles que envolvem o grupo social a que pertencem é o objetivo deste conhecimento.

A memória é uma importante aliada na reconstrução do nosso passado para manter viva a nossa história.

Precisamos desenvolver o conhecimento histórico, favorecendo a formação da identidade cultural, desenvolvendo habilidades cognitivas e atitudes críticas no aluno, como sujeito no seu processo de crescimento.

Os fóruns de que participei neste semestre trouxeram muitas sugestões de procedimentos e atividades para usar com meus alunos As aulas de Matemática ficaram mais divertidas e meus alunos aprenderam mais.

O fórum sobre perguntas do SI IV fundamentaram minha prática a partir do momento em que percebi que precisamos de um olhar diferente sobre as perguntas e dúvidas dos nossos alunos e o quanto estes questionamentos podem ser aproveitados para o desenvolvimento das atividades em sala de aula.

Todas estas atividades tornaram minhas aulas mais interessantes e estimularam a criatividade e o aprendizado dos meus alunos. O papel do professor não é fácil. Esta prática da construção social da realidade exige lidar com um aluno que chega na escola com um conhecimento diversificado e fragmentado.

Neste caminho descobri que faço muitas coisas enquanto aluna da Graduação e o quanto isto está ampliando a minha visão de vida. As coisas já não me bastam e o tempo já não chega.

Agora já sei onde procurar os dados e pesquiso bastante antes de realizar os trabalhos escritos.

Depois de ler um texto de EESS percebi a importância de nos prepararmos para as futuras inclusões e resolvi aprofundar meus conhecimentos sobre a linguagem de sinais. Fiz meu segundo curso de Libras. Isto trouxe uma satisfação pessoal em saber que estou buscando caminhos para melhorar e crescer como pessoa e profissional.

Percebo e sinto-me orgulhosa do meu crescimento como pessoa e como elemento histórico na compreensão da realidade do mundo do qual faço parte.