quinta-feira, 30 de setembro de 2010

I SEMESTRE

SÃO LEOPOLDO, 30 DE SETEMBRO DE 2010.

REFLEXÕES SOBRE O PRIMEIRO SEMESTRE:

O primeiro semestre do curso foi bem complicado. Precisamos fazer muitas reflexões. Refletimos sobre o tempo e como usá-lo da melhor maneira

para aproveitá-lo. Analisamos os planejamentos das escolas para ver como e para quem a escola faz. E, principalmente, refletimos sobre o nosso papel como professoras, nossa importância e que precisamos ser sujeitos de nossa história, com autonomia, paixão e lutando pela liberdade.

A experiência “do despertar do servo”.

As idéias dos textos de todas as disciplinas fecharam numa idéia.

A escola nasceu para assegurar o conhecimento do que já existia e de forma a preparar o indivíduo a viver no seu mundo. Eis que, com o passar do tempo ela foi distanciando-se da vida e fechando-se nas suas certezas inquestionáveis.

Chegamos a pensar que detínhamos o saber definitivo e absoluto.

Porém, agora, faz-se necessária auto-avaliação. A relatividade das coisas quebrou os muros das escolas (até mesmo com tiros!) e ficamos expostos.

Os saberes mudaram de sentido.

Assumo minha incapacidade de lidar com o novo e vou buscar minha inserção neste mundo desconhecido.

É o nosso reencontro com o nosso verdadeiro saber.

A aprendizagem é um processo complexo que precisa ser motivado; que depende do desenvolvimento do indivíduo; que depende do interesse; que decorre em função das experiências anteriores; que sofre influência de suas vivências e do meio onde se vive. Para haver aprendizagem são necessários métodos eficazes que levem a uma mudança na maneira de agir.

“Não tenhamos pressa. Mas não percamos tempo.”

José Saramago

Arriscando em fazer uma ligação do texto “ O conto da ilha desconhecida” e o que vislumbro na educação, gostaria que cada professor fosse como essa personagem: acreditasse a que veio e lutasse para a realização do sonho na educação.

Poderia dizer que muitas vezes nos deparamos com reis que não nos atendem e que não nos conhecem, nem sequer sabem como vivemos.

Muitas vezes quem resolve nossos problemas somos nós mesmos. Uns ajudando aos outros com improvisação.

Muitas são as vezes em que nos utilizamos de soluções radicais para sermos ouvidos, ao menos.

E aí vem o sonho... a ilha desconhecida... o ideal de educação. O apaixonar-se pelo nosso ideal e busca-lo a qualquer preço. Mesmo quando ninguém mais acredita ser possível, continuar sonhando.

No caminho vimos alguns que nos seguem. Alguns em que sentimos nascer a sementinha que plantamos. Outros que nos servem de espelho e de exemplo.

E nossa persistência nos leva às nossas realizações e, aí, percebemos que realmente só depende de nós.

Eis o dia, enfim, de ir ao mar em busca de nós mesmos.

Descrição: http://inwikistorias.wikispaces.com/space/showimage/1[1].jpg

“Minha presença no mundo não é a de quem se adapta, mas a de quem se insere."
Paulo Freire

“Formar é muito mais do que treinar.”

Mestre Paulo Freire

Todos os conflitos de nossa saciedade passam por nossas mãos. Eis aí o tamanho de nossa responsabilidade.

O homem só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais as suas origens e as condições de que depende. Esta é a causa dele reunir-se com seus demais, juntando suas diferenças, para aprender a diversidade do mundo.

Todas estas reflexões fecharam nosso primeiro semestre na Ufrgs.

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